quinta-feira, 28 de abril de 2011

I wasn't born like this


Eu me FIZ assim.
Eu me FORJEI assim.
Eu me INVENTEI assim.
Eu QUIS assim.

Eu não me guardei.
Eu não me conservei.
Eu não me defendi.
Eu me
J
O
G
U
E
I.

Escrito por William Ferreira, em 27 de Fevereiro de 2011, dedicado a mim.
Está disponível em
http://cacadordepalavras.blogspot.com/2011/04/i-was-not-born-like-this-eu-me-fiz.html

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem título para não piorar


Sabe-se lá que horas marcam os ponteiros do relógio agora
mas na verdade, isso pouco me importa.
Mais algumas paradas
e estarei abraçada numa pele suada
entre os lençóis de uma cama desarrumada.
Música, cigarros
uma boa conversa fiada.
Numa só estação
vou do Paraíso à Consolação.
É aqui, em Marechal, Perdizes
próximo a esse terminal
que encontro o meu amor,
que me permito por alguns instantes, ser feliz
diferentemente dos outros dias em que eu não sou.
E como qualquer outro momento
esse também passa,
e logo meus passos me levam pra casa
sozinha numa outra estrada.
Se esses bancos pudessem me ouvir
saberiam o que tenho sentido por aqui
enfim,
entre uma estação e outra
entre uma dose e meia.
Mas volto tranquila
com a sensação de missão cumprida,
onde talvez eu
seja a única a sair ferida.

Para Sílvia, uma vez mais. Fonte de inspiração,
em 03 de Novembro de 2009.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Confesso


Não me entendem quando digo que ainda te quero,
pensam que sou louco, que nosso caso é um mistério.
Mal sabem eles como você me completa
que seus olhares me instigam
que sua mão me incendeia.
E fico me perguntando: será que eu te amo?
Ai ai, esse caso é tão sério, sei que você não pode ser meu,
que tem alguém que te espera quando chega em casa, te chamando de meu amor...
E eu, um cara tão decidido, me vejo dividido entre você e a sorte, pois já não sei dizer se você é bom ou mau.
Meu bem querer, meu mal saber.
Queria eu acreditar que está tudo certo, que as coisas estão no seu lugar.
Mas não estão.
Sinais de culpa, arrependimento forçado.
Então não me deixe, mesmo que eu te diga o contrário.
Desculpe-me se agora não consigo ir embora,
Tentei evitar, não foi por querer.
Eu sinto muito, mas eu te amo.

Para D., meu tormento.
Em 02 de Abril de 2011.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Aquele garoto


Olhe aquele garoto sozinho no bar.
Ele já foi enganado muitas vezes.
Traído pela vida, pelo destino, inimigo da sorte.
Vejam como aquele garoto está triste.
Ele se esqueceu de pensar com a razão,
abriu a guarda e foi nocauteado outra vez.
Notem,
vocês conseguem ver seus olhos vazios de esperança?
Sim, ele não sabe mais no que acreditar
nem se é capaz de amar sem se machucar.
Pobre garoto no bar
desistiu, já cansado de tentar.
Angustiado, cheio de tristeza
afoga suas mágoas num copo também cheio.
Despede-se sozinho de mais um amor mal vivido.
Sem rumo
não tem para onde ir
tenta descobrir um caminho seguro pra seguir.
Quase difícil de notar
perdido em si mesmo
tão só aquele garoto no bar.
Acho que tem vontade de gritar
mas resigna-se ouvindo uma música triste
afinal, para que se alegrar?
Melhor para ele é nem pensar.
Ainda tem medo do que há por vir.
Não vê que a vida te sorri e diz:
“Vai ser feliz, menino!”
Existe um mundo tão bonito aí fora
que você nem imagina existir.

Em 06 de Abril de 2011, com todo meu carinho
para César Piovesan.