sexta-feira, 20 de maio de 2011

Seus olhos (por Igor Vinícius)

Eu vi nos seus olhos.
Juro que vi, na pupila mais dilatada
e no semblante mais desorganizado.
Olhos de caçador que já fora presa
num tempo que se perdeu e não volta.
Hoje seus olhos de águia voam por buracos no céu
atravessam o sol e a lua,
transformam-se no eclipse de uma alma.
Fura as nuvens e faz arder os olhos espalhados pelo chão.
Tem o esplendor do sol: ilumina e aquece.
Tem o brilho da lua,
acende-se na escuridão e junta-se às estrelas.
E no fim, o mesmo não existe.
Desaparece feito pôr-do-sol, para nascer de novo,
brilhante e certo de qualquer estrada que se siga
é um novo caminho a percorrer.

Para Henrique, o Mocinho de Novela Mexicana.
Com toda a admiração pelos seus passos. Por Igor Vinícius.

Um comentário:

Rick Bernas disse...

Nem consigo descrever com palavras o que eu senti quando li pela primeira vez (ontem diga-se de passagem) esse presente tão lindo do Igor. Como diz o começo "Eu vi nos seus olhos, juro que vi...". se estivesse alguém ao meu lado ontem, saberia que eles brilharam com a riqueza dessas palavras, que se engrandeceram com a sinceridade, que se derreteram com a beleza. "Foi escrito com o sentimento", disse-me ele mais tarde. Fico feliz que é essa a visão que tens de mim.
Lindo, simplesmente.
Amo-te muito, Igor.