terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu próprio por mim mesmo


Procuro incessantemente pelo amor,
tomo banho de chuva e tenho medo do escuro.
Ouço mil vezes a mesma música e repito outras mil uma única frase.
Vou embora para nunca mais voltar e reapareço quinze minutos depois.
Eu acredito em duendes, vejo desenhos em nuvens,
acordo mal-humorado e choro muito
muito fácil.
Minto as vezes, mas sou sempre sincero.
Sou melodramático por natureza e ousado por inspiração.
Eu dou a cara à tapa
tenho como companheira a solidão e como inimiga declarada a própria razão.
Conheci pessoas incríveis e invejei seus pares perfeitos (ou nem tanto assim).
Nunca quis ser jogador de futebol, astronauta ou bombeiro.
Me atrevo a ser cantor no chuveiro.
Falo pelos cotovelos mas me expresso melhor em silêncio.
Perdôo traições e também pago na mesma moeda.
Me esqueço das coisas e lembro repetidamente dos meus pecados.
Em alguns momentos eu fico muito sério, em outros dou risada na hora errada.
Espero por um milagre que não acontece,
vivo um caso de dois onde um não corresponde.
Vejo os dias passarem sem muita sorte, com falta de cor.
Fico noites sem dormir, perco dias sem amar.
Choro ao telefone,
me isolo num quartinho escuro dentro de mim
me pergunto se vale a pena me arriscar.
Cresci meio velho rabugento e me tornei um tanto criança levada.
Sou metade santo e a outra metade puta.
Sou expansivo, intenso e absurdo.
Não crio padrões, detesto rótulos, não sigo a massa.
Corro dentro de casa, abro a geladeira para pensar
converso com gatos e cachorros
e desvio o olhar quando fico sem graça.
Não fiz da minha vida um livro aberto e nem da minha história um conto de fadas.
Quero homens na cama e flores na janela,
sou dependente de afeto e viciado em chocolate.
Tenho ciúmes dos meus amigos e a posse dos meus amados.
Reprimo alguns instintos, dou ouvidos à minha intuição.
Uso meias coloridas e roupas pretas.
Não sou alguém que fecha os olhos para o mundo, que diz “amém” pra tudo.
Já não me basta somente ter e poder, nem me satisfaz a simplicidade do estar.
Sempre o mesmo, sempre diferente, sem saber onde é que vou parar;
vivendo pra morrer, sem saber direito o que diabos ser...

Para Nicolas, com amor.
Em 22 de Janeiro de 2010.

5 comentários:

Felippe disse...

Tah um AHAZOOOOO o seu blog bey!!! E como seu Progenitor estou aqui e sendo o 1º a postar q tah MaraviLOshooo!!! Adorei!!! Como sempre vc diz tudo, perfeitamente...

#RYCA #ADOROOOO

Domenica disse...

Riick apenas uma palavra: intensoooooo

Fábio disse...

só faltou o chato pra cassete,mais tabom
te gosto mesmo assim
beija

Unknown disse...

eu achei simplesmente barbaro...isto é pelo meu ponto de vista... alguns criticam outros idolaram ... isso acredito eu, que te da inspiração de cada vez mais ir pra frente....e escrever... como vc um dia teve alguem pra se inspirar hj estou postando para te agradecer, por ser esta pessoa super mega máximo especial na minha vida minha fonte inspiradora de muitos momentos de decisão.... conte sempre e sempre comigo.... The adoro demais....

Rick Bernas disse...

Obrigado, crianças, adorei os comentários. Muito feliz em poder compartilhar o que passa em mim com todos vocês. Vem muita coisa boa por aí. Valeu. Beijos.